Aumento na produção de carnes garante abastecimento interno, exportações e avanço de gigantes globais

Cenário tende a sustentar os preços das carnes em patamares mais baixos para os brasileiros e as brasileiras.

1572547378878_gilberto tomazoni-79Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS. (Foto: Divulgação)

A produção das três principais carnes do país deve chegar a 30,88 milhões de toneladas neste ano, um crescimento de 3,9% se comparado com 2023. O incremento reflete em uma elevação na disponibilidade interna, estimada em 21,12 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento no mercado brasileiro. As exportações também devem crescer em torno de 6,5%, projetadas em 9,85 milhões de toneladas- é o que mostra o quadro de suprimento de carnes divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“A maior quantidade de carnes disponíveis no mercado interno é um bom indicativo para os consumidores. Mas além desse aumento na produção, os preços dos insumos para alimentação animal estão menores para o criador. Essa combinação de fatores tende a sustentar os preços das carnes em patamares mais baixos para os brasileiros e as brasileiras”, destaca o presidente da Companhia, Edegar Pretto.

Para a carne bovina, o panorama esperado é de aumento na produção, retomando a marca de 10 milhões de toneladas, volume atingido apenas nos anos de 2006 e 2007. Em março, a China habilitou 38 novas plantas para receber carne importada do Brasil, o que tem impactado profundamente todo o setor. De acordo com o governo brasileiro, somadas, essas unidades vão gerar um incremento de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira ao longo dos próximos 12 meses.

Operações

A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, fechou o segundo trimestre de 2024 com receita líquida de R$ 100,6 bilhões – uma alta de 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado e a maior receita trimestral já alcançada pela empresa, o que reflete o momento para as empresas do setor. “Os resultados da JBS no segundo trimestre de 2024 reforçam a nossa estratégia de diversificação global, que é impulsionada por investimentos em inovação e na construção de marcas fortes, consolidando um portfólio mais resiliente e de maior valor agregado”, diz Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

A boa performance de aves e suínos passa por uma ampliação de vendas, com demanda forte, custos menos pressionados e com o valor de grãos estável, a partir da operação das unidades de negócios Pilgrim’s Pride Corporation, Seara e JBS USA Pork. No segmento de carne bovina, o mercado segue balanceado com a fase favorável da proteína no Brasil e, também, na Austrália.

Comemoração

Já a BRF, dona das marcas Sadia, Perdigão, Qualy e Banvit, reportou EBITDA de R$ 1,1 bilhão, com margem de 15,7%, e um crescimento significativo do volume de vendas em todas as categorias em que atua, com destaque para o portfólio de processados. O resultado foi sustentado pela contínua evolução da execução comercial, além do lançamento de novos produtos e investimentos nas marcas, como a celebração dos 80 anos de Sadia.

“Norteados pelo BRF+, evoluímos também em todas as frentes de negócio na comparação ano a ano. Seguindo o rumo estratégico do nosso controlador, nos tornamos uma empresa mais ágil, com planejamento adequado e empenhada em evoluir todos os dias. Finalizado o melhor segundo trimestre da história da Companhia em vários indicadores, continuamos focados e confiantes no futuro”, afirma Miguel Gularte, CEO da BRF.