Louis Dreyfus Company usa biocombustível no primeiro transporte marítimo de suco com emissões de carbono neutralizadas
A companhia usou uma mistura de biocombustível B30 com combustível naval pela primeira vez para navegar do terminal da LDC em Ghent, Bélgica, até outro terminal da companhia em Santos.
Um dos navios modernizados de suco da LDC, o MV Essayra. (Foto: Divulgação)
A Louis Dreyfus Company B.V. (LDC) anunciou, nesta sexta-feira (29), a realização bem-sucedida de um teste de biocombustível executado em colaboração com a Wisby Tanker AB, Suécia (Wisby Tanker) em um dos navios modernizados de suco da LDC, o MV Essayra. A companhia usou uma mistura de biocombustível B30 com combustível naval pela primeira vez para navegar do terminal da LDC em Ghent, Bélgica, até outro terminal da companhia em Santos, Brasil, e voltar com uma carga completa de sucos de laranja não concentrado e concentrado congelado, por um período de 55 dias.
“Como parte da jornada da LDC para ajudar a moldar uma economia de zero emissões de carbono, nós estamos comprometidos em contribuir para a descarbonização do setor marítimo por meio de uma série de ações e iniciativas, incluindo explorar soluções alternativas de combustível”, conta Sébastien Landerretche, Head Global de Frete da LDC.
“Resultado da coordenação entre as Plataformas de Soluções de Carbono, Frete e Sucos da LDC, bem como da Wisby Tanker, este primeiro teste bem-sucedido reflete a ambição e o conhecimento da LDC na área, e nossa abordagem colaborativa para lidar com a transição energética do setor.”
Sébastien Landerretche, Head Global de Frete da LDC. (Foto: Divulgação)
Uma variedade de testes foi realizada durante toda a viagem da embarcação para medir o impacto da mistura de biocombustível B30 no sistema de combustível do navio e no desempenho geral. Os resultados mostraram que o B30 é um substituto mais limpo e prático para o VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil/Óleo combustível com teor de enxofre ultrabaixo), reduzindo as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) em cerca de 24%; ou seja, equivalente a 723 toneladas de CO2 (tCO2e).
A LDC compensou os 76% das emissões de GEE restantes da viagem por meio de créditos de carbono obtidos da sua Plataforma de Soluções de Carbono, tornando este transporte marítimo de suco de laranja o primeiro com emissões de carbono neutralizadas em nível mundial. Para isso, a LDC optou por utilizar um total de 2.262 tCO2e de créditos de carbono certificados por terceiros do Projeto Kariba REDD+, que protege mais de 785.000 hectares de florestas no Zimbábue, oferece suporte a comunidades locais e é certificado de acordo com os padrões de carbono reconhecidos internacionalmente.
Além deste teste de biocombustível, a LDC está trabalhando em uma variedade de projetos de descarbonização, potencializando tecnologias como a propulsão a vento, solar, baterias e sistemas de lubrificação de ar, com o objetivo constante de aprimorar a eficiência da embarcação e reduzir as emissões de carbono do seu transporte.