Estados aproveitam melhor o potencial de investimentos por meio de concessões e PPPs

Por outro lado, os municípios foram avaliados com o menor aproveitamento, de acordo com estudo que entrevistou empresários e especialistas de infraestrutura sobre os temas que impactam investimentos e desenvolvimento de projetos.

imgMunicípios foram avaliados com o menor aproveitamento, de acordo com estudo que entrevistou empresários e especialistas de infraestrutura sobre os temas que impactam investimentos e desenvolvimento de projetos. (Foto: Agência EY)

Na avaliação de empresários e especialistas de infraestrutura entrevistados por estudo da EY com a ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), os estados são o ente federativo que melhor aproveita o potencial para investimentos por meio de concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas). Por outro lado, os governos municipais menos aproveitam. A União, por sua vez, está entre os dois, mantendo uma tendência de imagem mais positiva entre os executivos do setor. No total, foram obtidas 353 respostas entre 22 de outubro e 11 de novembro do ano passado.

Mais de quatro a cada dez respondentes (40,51%) têm a percepção de que o governo federal aproveita total ou parcialmente esse potencial. As expectativas manifestadas sobre os municípios apresentaram melhora na edição mais recente do estudo, mas em níveis inferiores aos estados e ao governo federal.

Esses resultados coincidem com os levantamentos anteriores do Barômetro, que apontaram a esfera municipal como a que menos aproveita o potencial para investimentos. Para a maioria dos entrevistados (56,1%), é “muito pouco” o aproveitamento por parte desse ente federativo. Há um alto percentual de entrevistados (17,3%) considerando que os municípios nada aproveitam desse potencial.

Segurança jurídica do país

Houve redução de 5,7 pontos percentuais entre aqueles que entendem como “boa” a segurança jurídica no país para investimentos em concessões e PPPs. Já a percepção considerada “ruim” cresceu 3,3 pontos percentuais, saindo de 18,4% dos participantes na edição anterior do Barômetro para 21,7% na edição atual.

Sendo assim, a porcentagem daqueles que consideram o grau de segurança jurídica “ruim” e “péssimo” é igual a de quem considera “ótimo” e “bom”, mostrando polarização nessas percepções. Ao mesmo tempo, o percentual daqueles que consideram o grau de segurança jurídica “ótimo” foi o maior de todas as edições da publicação, superando em mais de 2,5 pontos percentuais sua média histórica, que é de 2,18%. No entanto, com base nas últimas três edições, há predominância da percepção “regular” do grau de segurança jurídica para investimentos em PPPs e concessões.

A expectativa é que os investimentos em infraestrutura, em 2024, cresceram 15,30% em termos reais em relação a 2023, considerando os setores de logística/transporte, telecomunicações, energia e saneamento básico, ainda segundo o Barômetro. Em número expresso, a perspectiva é que esse valor tenha alcançado R$ 259,3 bilhões, o maior desde 2014.