Mills é reconhecida em novo índice de diversidade da B3

O IDIVERSA B3 foi criado para promover maior representatividade de grupos subrepresentados no mercado. (Foto: Divulgação)

A Mills (MILS3) teve suas ações de diversidade reconhecidas pela B3, a bolsa de valores brasileira, no primeiro índice latino-americano composto por empresas que se destacam na temática de gênero e raça em seu quadro de colaboradores. O IDIVERSA B3 foi criado para promover maior representatividade de grupos subrepresentados no mercado e reforçar a estratégia de liderar a agenda ESG.

O índice passou a valer nesta terça-feira (15) a partir de uma carteira com 79 ativos de 75 empresas. Essa carteira abrange 10 setores econômicos e reconhece o trabalho da Mills nessas questões.

“Nos últimos anos, intensificamos os debates internos sobre diversidade, incluindo questões de gênero, etnia, orientação sexual e cultura. Com o programa Nós pela Diversidade, promovemos esses temas entre os colaboradores, com foco específico para ações afirmativas em favor das mulheres, negros e outros grupos”, explica Kleber Racy, diretor de Gente & Gestão, Segurança, Saúde e Meio Ambiente da Mills.

Ele acredita que essas ações auxiliam no entendimento das demandas dos grupos que integram o quadro de colaboradores, acelerando o desenvolvimento das práticas de inclusão e equidade na companhia.

Monique Cesila, gerente de Sustentabilidade da Mills, lembra que a diversidade é um pilar extremamente importante na estratégia de ESG da empresa. “Compor a carteira do primeiro índice latino-americano que combina critérios de gênero e raça nas empresas é um reconhecimento de que estamos evoluindo na construção de uma empresa cada vez mais diversa, inclusiva e com representatividade, o que nos deixa muito orgulhosos", diz.

A criação deste indicador abre caminho para novos produtos como fundos passivos e fundos de índice, o que deve aumentar a oferta para o investidor final. O índice foi construído a partir de dados públicos disponíveis no Formulário de Referência (FRe) - documento que é requisito anual para empresas de capital aberto.

Neste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a exigir a apresentação, nos formulários, do número de funcionários e de integrantes dos órgãos de administração e conselhos das companhias agrupados por gênero e raça. A carteira do indicador será revisada a cada quatro meses.

Ações

Os índices que garantiram a Mills no ranking são reflexo de uma série de ações que incluem a Cartilha de Diversidade, lançada pela empresa em maio deste ano. O documento foi elaborado pelo grupo Nós pela Diversidade e tem como um dos objetivos intensificar os debates sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) dentro da empresa.

O Nós pela Diversidade é formado por mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTI+, que atuam na construção de uma Mills cada vez mais equitativa. Foi a atuação dos colaboradores do grupo que embasou o conteúdo da publicação com informações sobre todos esses temas.

A cartilha aborda de modo informativo pontos importantes, explicando cada um destes conceitos e como eles estão presentes no cotidiano de trabalho. As orientações estão alinhadas com o código de conduta da Mills. O documento traz ainda um glossário para entender melhor as relações de gênero, além de listar e explicar termos como machismo, masculinidade tóxica, mansplaining, manterruping, misoginia e feminicídio.

A Cartilha de Diversidade aborda também a Diversidade Sexual com informações sobre identidade de gênero, orientação sexual e cidadania LGBTI+. O documento lembra ainda que “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Explica de forma simples o que são racismo estrutural e racismo cultural. Também pontua que racismo reverso não existe.

Além disso, ações que buscam fomentar a diversidade vêm sendo tratadas junto ao time de Recrutamento e Seleção da companhia e uma trilha de desenvolvimento e sensibilização sobre o tema vem sendo desenvolvida para a liderança e demais colaboradores.