Hotel Le Bristol Paris completa um século de glamour

Uma das belas suítes renovadas do clássico Le Bristol. 

Hippolyte Jammet, obcecado pela ideia de criar um hotel sofisticado em Paris, encontrou no número 112 da rue du Faubourg-Saint-Honoré uma mansão do século XVIII ideal para seu projeto. Em 1925, o Le Bristol abriu suas portas, oferecendo hospitalidade como diferencial. As comemorações e os eventos especiais para celebrar os 100 anos são mantidos em segredo e só devem ser revelados na virada do ano. Mas o primeiro hotel na França a receber o prestigioso status de “Palace”, membro da luxuosa Oetker Collection, está pronto para celebrar. Suas acomodações e os espaços em comum foram revitalizados e estão ainda mais confortáveis e elegantes.

A gastronomia também está a mil, tendo o chef Arnaud Faye — que substituiu Éric Fréchon — no comando dos dois premiados restaurantes do palácio (o Epicure, com três estrelas Michelin, e o 114 Faubourg, também estrelado), além de assinar uma colaboração exclusiva com a Don Pérignon para jantares sob medida.

Le Bristol foi o primeiro hotel na França a receber o prestigioso status de “Palace”.

O hotel reabriu recentemente sua premiada L’Épicerie des Ateliers du Bristol, que se consagra como um verdadeiro hotspot da gastronomia artesanal. O Café Antonia e o clássico Le Bar du Bristol também ganharam novos itens no menu e devem trazer mais novidades em 2025. O spa La Prairie, inteiramente reformado, agora ocupa nada menos que três andares. Mais do que luxo, o Le Bristol sempre trabalhou para que seus hóspedes se sentissem prestigiados. Um exemplo? Foi o primeiro hotel a oferecer itens hoje considerados básicos em qualquer hospedagem de qualidade, como serviço de quarto e o controle climático independente para os ambientes. Foi Hippolyte quem inventou o protótipo do espelhinho de aumento com luz embutida, que hoje é item indispensável em um bom hotel. Ele investiu na personalização dos serviços que oferecia, elevando a ideia de hospitalidade a um patamar até então desconhecido e que hoje é seguido pela hotelaria mundial.

Endereço lendário

Acima, sala de jantar privativa em uma suíte. Abaixo, os elegantes corredores entre as áreas sociais.

“Desde sua inauguração em 1925, o Le Bristol Paris é sinônimo do art de vivre francês”, diz Luca Allegri, diretor-geral do hotel. O hotel sempre e-teve no centro da história parisiense. Durante a Segunda Guerra, foi o único hotel com abrigo antiaéreo e residência oficial de cidadãos americanos em Paris. Refugiados judeus também foram aco- lhidos secretamente no local. Celebridades como Josephine Baker, Woody Allen, Charlie Chaplin e Mick Jagger fizeram do Le Bristol sua casa na cida- de. Allen, inclusive, filmou cenas de Meia-noite em Paris por lá. “Queremos continuar a evoluir, modernizando e inovando, mas sempre permaneceremos fiéis às nossas raízes”, garante Allegri. Como um verdadeiro clássico, o Le Bistrol mantém algumas tradições, caso das inconfundíveis chaves dos quartos, especialmente projetadas para o hotel em sua inauguração e que seguem em uso até hoje.

Linha do tempo

1925 Inauguração do Le Bristol Paris
Hippoly te Jammet inaugura o hotel na rue du Faubourg-Saint-Honoré, em uma mansão do século X VIII.

(1939 - 1945) Refúgio durante a guerra
Durante a ocupação nazista, o Le Bristol abrigou clandestinamente judeus e tornou-se a residência oficial dos cidadãos americanos em Paris.

2011 Primeira distinção “Palace”
O primeiro hotel em Paris a receber a prestigiada distinção “Palace”, concedida pelo Ministério do Turismo Francês, em reconhecimento à sua excelência.

2025 Centenário do Le Bristol
O hotel se prepara para comemorar 100 anos com uma série de eventos exclusivos para hóspedes e convidados.