Fabio Barbagli, Pepsico: 'Nossa empresa é melhor e mais forte por abraçar o ser humano em todos os seus aspectos'

Fabio Barbagli,vice-presidente de Recursos Humanos da PepsiCo Brasil. (Foto: Marco Máximo/Divulgação) 

De acordo com pesquisa realizada pela iO Diversidade, quatro em cada 10 brasileiros já sofreram preconceito, discriminação ou assédio no ambiente de trabalho. Mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ estão entre os grupos de trabalhadores brasileiros com maior percentual daqueles que afirmaram já ter passado por alguma dessas situações.

Para reverter esse quadro, companhias investem em ações internas, como a criação de áreas especificas e dedicadas a gestão do tema, como mostra o estudo conduzido pela startup Blend Edu, intitulado “Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil e tendências para 2024”, que afirma que principal objetivo dos programas de D&I das organizações é a construção de uma cultura inclusiva junto aos colaboradores. Em paralelo, o interesse na potencialização dos resultados do negócio.

Decolagem

A LATAM encerrou os seis primeiros meses do ano com 438 novos comissários de voo contratados no Brasil, o que garantiu, neste período, um quadro de contratações de tripulantes de mais de 46% de representatividade negra, 32% de residentes fora da região Sudeste do Brasil e 1% de pessoas transgêneras.

“Estamos muito contentes com todas essas contratações e o que elas significam para a LATAM. Aos poucos, estamos rompendo com os estereótipos que a profissão de comissário carregou por muito tempo”, afirma Diogo Carvalho, head de tripulação de cabine na LATAM Brasil.

Prioridade

Com objetivo de deter de 50% da liderança feminina até 2025, a PepsiCo mantém investimentos internos e externos para alcançar a meta, entre eles, o programa de trainee exclusivo para mulheres negras - que se autodeclaram pretas e pardas, programas de mentoria, plano de carreira e transparência na linha sucessória.

“Atualmente, temos 49% de mulheres em posições de liderança no Brasil, sendo que o Comitê Executivo da companhia (C-Level) no país é composto por aproximadamente 60% de mulheres. Acreditamos que nossa empresa é melhor e mais forte por abraçar o ser humano em todos os seus aspectos”, afirma Fabio Barbagli, vice-presidente de Recursos Humanos da PepsiCo Brasil. Além disso, a flexibilidade de jornada de trabalho, a fim de proporcionar o equilíbrio entre família e carreira, é uma realidade na companhia.

Outra iniciativa é a existência de grupos de afinidade, em que funcionários podem compartilhar experiências e discussões acerca de grupos minorizados. “Em 2023, iniciamos o Letramento Anti-Machismo, que traz informações e conceitos básicos sobre o machismo, seus reflexos e como podemos mudar essa realidade estrutural”, explica Nadja Minami, diretora de benefícios da PepsiCo Brasil.

Um bom sorriso

Em agosto, a Colgate anunciou a continuidade da parceria de 15 anos com o Instituto Jô Clemente (IJC), organização sem fins lucrativos que atua na inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras. Desde 2009, dezenas de pessoas do instituto foram incluídas no quadro de funcionários da companhia, ocupando desde funções administrativas até posições em Centros de Distribuição.

Com a metodologia do Emprego Apoiado, a empresa contrata os candidatos para, em seguida, identificar seus perfis e aptidões, estimulando o desenvolvimento de acordo com as necessidades específicas de cada um. “A pauta do ESG é muito falada atualmente, mas a Colgate foi pioneira nesse Projeto há 15 anos, contribuindo com essa ação social e inclusão de pessoas com deficiência na Organização”, destaca Daniela Machado Mendes, superintendente do Instituto Jô Clemente (IJC).

Conectada com o futuro

Entre as empresas mais diversas e inclusivas do mundo, a TIM conquistou a 2ª posição global no FTSE Russell D&I Index 2024 (antigo Refinitiv D&I Index) - uma das principais ferramentas utilizadas por investidores ao redor do mundo para identificar empresas com práticas avançadas no tema. Para Maria Antonietta Russo, VP de Pessoas, Cultura e Organização da TIM, a classificação reflete o pioneirismo e consistência nas práticas de equidade, inclusão e desenvolvimento das pessoas.

“A TIM está na vanguarda da inovação, não apenas na implementação de tecnologias e na expansão da conectividade, mas também nas práticas inclusivas e sustentáveis. Construímos cada vez mais um ambiente de trabalho que valoriza a pluralidade e o crescimento sustentável, em todas as relações”, aponta executiva.