Paulo Bittar, CEO da Passarelli: 'Nosso maior diferencial é o que chamamos de Engenharia de Valor'

Considerada um dos principais players do setor de infraestrutura e saneamento do Brasil, a Passarelli acumula nove décadas de histórias com entregas de projetos inovadores

Paulo Said Bittar (7)Paulo Bittar, CEO da Passarelli. (Foto: Divulgação)

Considerada um dos principais players do setor de infraestrutura e saneamento do Brasil, a Passarelli acumula nove décadas de histórias com entregas de projetos inovadores. Confira a entrevista exclusiva com Paulo Bittar, CEO da Passarelli, sobre as novas iniciativas da companhia: 

Quase um século e duas mil obras. Qual a trajetória da Passarelli?

A Passarelli nasceu em Santos, construindo casas e galpões logísticos, mudando-se para São Paulo posteriormente, onde se consagrou como um dos principais players em Saneamento, área em que atua há cerca de 60 anos, sendo uma das principais referências no assunto no País. Ao longo de seus mais de 90 anos, a Passarelli foi responsável por mais de 2 mil obras, em infraestrutura (onde foi e é responsável por importantes obras no Brasil todo, como as de aeroportos no Nordeste e Norte do País), edificação (entregando shoppings, fábricas, hospitais e galpões logísticos para variados segmentos) e imobiliário – frente em que também atuou como incorporadora, vertical em que recentemente passou a contar com empresa dedicada a este negócio.     

Quais as obras mais simbólicas que compõe a história da empresa?

Temos orgulho em ter entregado obras que melhoraram a vida das pessoas em todo o Brasil, destaco nossa atuação no Cinturão das Águas do Ceará, levando água da transposição do Rio São Francisco ao povo cearense; da ampliação da maior estação de tratamento de esgoto da América Latina, a ETE Barueri; os coletores Manguinhos e Faria Timbó, que vão contribuir para despoluição da Baía de Guanabara; das obras de despoluição do Rio Pinheiros; do primeiro galpão logístico utilizado pela operação da Natura & Co., localizado no Alagoas; do complexo que reúne shopping, torre comercial e supermercado Trimais Places, na Zona Norte de São Paulo; da unidade de pesquisa e desenvolvimento da Stihl no Sul do País; do retrofit e ampliação do aeroporto de Fortaleza, das obras do Cinturão das Águas do Ceará e tantas outras importantes obras espalhadas por todo o País.

O que vocês esperam para os próximos 100 anos da empresa?

Ao longo dos nossos 90 anos, tornamo-nos referência pela qualidade de nossas obras, competência técnica do nosso time e integridade de nossa história. Tudo isso só foi possível graças aos nossos valores sólidos que vieram de nosso fundador e passaram não somente para os demais presidentes que ocuparam este cargo, mas todos aqueles que integram e integraram a nossa equipe. Para os próximos anos, nosso foco é manter o crescimento sustentável da empresa, sempre baseados nestes mesmos valores e no nosso bem maior que segue sendo nosso grande diferencial: nossa competência técnica, que nos torna verdadeiros experts quando o assunto é Engenharia, agregando qualidade do início ao fim dos projetos em que atuamos e que pretendemos seguir atuando, vivenciando na prática nossa missão de “melhorar a vida das pessoas por meio da Engenharia”.

A curto prazo, quais são os planos e objetivos? E as metas?

O Brasil tem passado, nos últimos anos, por significantes avanços em sua infraestrutura – e ainda temos muito trabalho a fazer, principalmente no que tange às obras para atendimento ao Novo Marco do Saneamento, que visa universalizar os serviços de água e esgoto no País, além das obras de melhoria e ampliação dos aeroportos que integraram as rodadas de leilão de privatização (em especial a do Aeroporto de Congonhas que ainda está pendente de contratação de uma empresa de engenharia e construção), sem falar no GAP habitacional, ferrovias, rodovias e expansão de serviços como um todo – que reflete o avanço no que tange a galpões logísticos, shoppings centers, hospitais, fábricas e muito mais. Assim, nossos planos são de fazer parte deste processo de crescimento e desenvolvimento do Brasil, por meio do conhecimento e prática da Engenharia, graças à nossa bagagem única de mais de 90 anos de história.

Vocês são referência no mercado de infraestrutura. Quais os principais serviços oferecidos?

Somos especialistas quando o assunto é Engenharia, e nos tornamos referência em infraestrutura e edificação graças à nossa história. Gosto de dizer que, não à toa, nosso maior diferencial é o que chamamos de Engenharia de Valor, que é quando temos oportunidade de analisar projetos de nossos clientes – públicos ou privados, de infraestrutura ou edificação – e oferecer sugestões de melhorias e ganhos baseados em nossa experiência e conhecimento que nos tornam únicos no mercado. Assim, atuamos desde a pré-engenharia até o dia da inauguração (muitas vezes até depois dela, quando, em alguns contratos, também seguimos nossos trabalho acompanhando o período inicial de operação).

No ambiente de infra, a pegada ESG é um grande desafio. Como vocês trabalham esses pilares?

Diria que o tema ESG é um paradigma que tem começado a ser explorado pelo segmento da construção civil há pouco... Mas este tema é algo que move a Passarelli já há bastante tempo, é algo que está intrínseco ao nosso DNA e atuação – uma vez que somos certificados ISO 14001 (Meio Ambiente) e OHSAS 18001 (Saúde Ocupacional) desde 2009 e em 2010 com a Certificação Integrada de todas as normas demonstrando uma preocupação e um cuidado com o Meio Ambiente e a Saúde de nossos colaboradores e da população que aliada a nossa forte presença no segmento de Saneamento, que é um importante agente de mudança no que diz respeito à qualidade de vida da população e também aos cuidados do meio ambiente. Quando falamos da sigla G, digo com segurança que é um dos nossos diferenciais mais competitivos, sendo reconhecidos no mercado pela nossa Governança e programa de Compliance. Deste modo, decidimos por compilar tais dados e traremos, nos próximos meses, nosso primeiro relatório ESG, que será divulgado no nosso site, documentando nosso compromisso com o tema!

De que maneira vocês avaliam o setor? Está numa crescente?

A construção civil segue como um dos principais pilares da economia do País – e, no que tange à Infraestrutura, creio que temos ainda muito a desenvolver, principalmente no que diz respeito à Saneamento, devido ao Novo Marco do Saneamento, Transporte – principalmente aeroportuário e ferroviário. Sem falar na questão habitacional, que vemos um grande déficit nas grandes capitais. Deste modo, temos ainda muito a crescer e a Passarelli tem como objetivo seguir como um importante player no setor, sendo a parceira pronta para atuar e apresentar soluções em Engenharia graças aos seus mais de 90 anos de história.

E o amparo da legislação. O que está bom e o que precisa mudar?

A grande mudança está na transição da lei 8.666 para a Lei 14.133. Tanto os entes públicos como as empresas que participarão das licitações, deverão passar por uma fase de adaptação e quem estiver mais apto, com melhor domínio, deverá ter uma pequena vantagem inicial, devendo chegar a uma equalização num curto/médio prazo. A nova Lei trará algumas novidades, tais como o diálogo competitivo, contratações integradas e semi-integradas, cláusula de arbitragem, cláusula de mediação, adoção do seguro-garantia para contratos acima de 200 milhões entre outras.

(Fonte: Passarelli | Conteúdo de Marca)