Tânia Cosentino, Microsoft Brasil: 'Vislumbramos um cenário cada vez mais promissor e transformador para o Brasil''

Intercâmbio e forte presença de multinacionais norteamericanas de tecnologia no Brasil reforçam o potencial do cenário nacional de inovação.

A63A1402 (1) (1)Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil. (Foto: Divulgação)

Em 2024, a Microsoft comemora 35 anos de presença no mercado brasileiro, momento em que reforça seu compromisso de apoio ao desenvolvimento do país. A companhia também celebra os quatro anos do plano Microsoft Mais Brasil, que possui quatro focos de atuação: apoiar o crescimento econômico inclusivo, proteger os direitos fundamentais, habilitar um futuro sustentável e ampliar a confiança na tecnologia.

“Estamos orgulhosos em fazer parte das transformações pelas quais o país passou nesses 35 anos. Vislumbramos um cenário cada vez mais promissor e transformador para o Brasil, especialmente com a aceleração da adoção da Inteligência Artificial (IA) e a chegada da IA generativa, tecnologias fundamentais para buscarmos respostas aos desafios mais complexos da nossa sociedade, além de contribuir para o crescimento dos negócios e a aceleração da transformação digital localmente”, diz Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil.

Um exemplo do impacto realizado pela Microsoft no Brasil são os inúmeros cursos gratuitos de capacitação e recapacitação profissional em tecnologia, nos quais são oferecidos desde alfabetização digital até módulos mais avançados de computação em nuvem, Inteligência Artificial, ciência de dados e cibersegurança. Estas iniciativas já atingiram cerca de 12,5 milhões pessoas e outras 2,8 milhões de pessoas foram impactadas. Como resultado, mais de 245 mil pessoas foram inseridas no mundo do trabalho em até seis meses depois de concluírem esses cursos.

Evolução

À medida que entramos numa nova era baseada em Inteligência Artificial, a Microsoft acredita que é importante articular princípios que regerão a forma de operar a infratestrutura de datacenter de IA e outros ativos importantes de IA em todo o mundo. A empresa divulgou, em fevereiro deste ano, os “Princípios de Acesso à IA”, para abordar o crescente papel e responsabilidade da Microsoft como inovadora nesta tecnologia e líder de mercado.

Neste sentido, o C6 Bank tem acelerado seu ambiente de inovação e busca por mais segurança usando IA e analytics em parceria com a Amazon Web Services (AWS). A instituição criou uma plataforma que vai servir de base para aplicações voltadas à inovação e ao ganho de eficiência.

“A plataforma de IA construída junto com a AWS nos permite, basicamente, criar um serviço robusto de perguntas e respostas que pode ser aplicado em diversas atividades do banco, do desenvolvimento interno de software ao atendimento ao cliente”, diz Nelson Novaes, CTO do C6 Bank. “E uma das vantagens é que a base de conhecimento que alimenta essa plataforma pode ser atualizada de forma simples, garantindo respostas precisas e sempre atuais”, completa.

O C6 é o único banco brasileiro a fazer parte do Cybersecurity at MIT Sloan (CAMS), consórcio internacional do MIT, uma das mais prestigiadas universidades do mundo. O banco também estuda adotar a solução de IA da AWS em outras situações.

Como a arquitetura da plataforma foi pensada para ser versátil, diversas aplicações podem ser criadas a partir dela. “A AWS está ao lado do C6 Bank desde o início de suas operações no país. E estamos juntos em mais este passo no caminho da inovação, adotando as mais recentes tecnologias com o objetivo final de oferecer uma melhor experiência ao usuário”, afirma Cleber Morais, managing director de vendas na AWS para a América Latina.

Incentivo

Brasil e Estados Unidos devem iniciar conversas para ampliar a cooperação entre os dois países na área de semicondutores. O tema foi debatido em março em Washington D.C. (EUA) entre a embaixadora do Brasil no país, Maria Luísa Viotti, e o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviço do MDIC, Uallace Moreira.

O objetivo é posicionar o Brasil como fornecedor preferencial na cadeia de suprimentos do mercado norte-americano – intensificando aqui a produção do chamado “back end”, que são as etapas fabris de encapsulamento, testes e design, entre outras, áreas para as quais o Brasil possui know-how e capacidade instalada.

“Os EUA possuem vários fundos para estimular a expansão de sua cadeia de suprimentos nos países próximos. E temos percebido um grande interesse deles em trabalhar com o Brasil, dada a nossa capacidade e o nosso potencial para atuar em alguns elos da cadeia. Uma cooperação nesse nível expande nossa capacidade tecnológica, ao mesmo tempo em que gera emprego de qualidade e melhor renda no Brasil”, afirma Moreira. Existem, atualmente, 11 empresas de semicondutores no país, todas atuando no back end e com faturamento anual na casa de R$ 5 bilhões.

Potência regional

O BID Lab, laboratório de inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e TechnoArt, plataforma global para o crescimento de startups de tecnologia, lançaram o Miami LAC Gateway, o primeiro programa desta aliança projetado especificamente para empresas da América Latina e do Caribe que desejam atuar no mercado dos EUA.

As empresas sediadas nos Estados Unidos que buscam oportunidades de expansão na América Latina e no Caribe também poderão se beneficiar do apoio do BID Lab e do TechnoArt. Ao estabelecer uma base estratégica de atuação na cidade de Miami, as startups poderão expandir seus negócios aproveitando as redes de contato do BID Lab e TechnoArt.

O programa facilitará as conexões dos empreendedores com investidores e startups locais, aceleradoras, prestadores de serviços e especialistas nas áreas de negócio das empresas, o que favorecerá oportunidades de crescimento e ajudará os empreendedores a obter novos clientes, identificar parceiros estratégicos e acessar capital que permita o crescimento de seus negócios.

“Esta é uma excelente oportunidade para empresas em fase de crescimento fazerem parte do ecossistema tecnológico de Miami, que está em expansão”, destaca o prefeito de Miami, Francis Suárez.