Reconstrução de DNA Corporativo: o que é, por que fazer e como implementar?

Construir o DNA corporativo não se trata apenas de revisar slogans, mas sim alinhar toda a organização em torno de um propósito comum.

IMG_0131Daniel Vieira, Chief People and Culture Officer do Amor Saúde. (Foto: Divulgação)

Em um mercado cada vez mais competitivo e suscetível a mudanças ágeis — tendo em vista que o Brasil conta com mais de 20 milhões de empresas ativas, as quais devem investir 3 trilhões de dólares nos próximos anos para se adequar às transformações digitais frequentes — o senso de comunidade interno às companhias se torna vulnerável a diferentes fatores, como alterações econômicas e legislativas, pressão produzida pela competição entre marcas, mudanças sócio-culturais e demandas de stakeholders.

Junto aos demais agentes promotores de transformações, esses fatores atuam de diferentes formas, promovendo falhas de comunicação, desatualização de valores da marca em relação ao mercado e ao público e outros desafios para os setores de Pessoas & Cultura de todo o Brasil. É nesse cenário que surge o conceito de DNA Corporativo.

Criado como uma analogia aos processos biológicos, o DNA das corporações corresponde à identidade das empresas, baseada em suas culturas internas e com foco em promover um posicionamento externo coeso. Conforme ressalta a consultoria Insighter, “como uma empresa pode se posicionar de forma coerente e assertiva ao mercado e investidores, se ela não sabe ao certo quem ela é?”

No mercado atual, DNA corporativo corresponde aos elementos "Missão, Visão e Valores” da marca. Esses elementos são fundamentais para a identidade e a cultura de uma organização, devendo refletir a essência e os objetivos da empresa. Construir e fazer a manutenção do DNA corporativo de uma companhia não se trata apenas de revisar slogans ou declarações institucionais, mas sim alinhar toda a organização em torno de um propósito comum, que inspire e guie todas as ações e decisões da gestão e dos colaboradores. Por isso, é comum que o DNA seja traduzido e consolidado dentro do sistema MVV.

Para que a construção, a manutenção e até mesmo a reconstrução do DNA sejam bem-sucedidas, é imprescindível um contato frequente e profundo entre os gestores do setor de Pessoas & Cultura e os colaboradores. Os líderes devem estar próximos dos funcionários, ouvindo suas necessidades, sugestões e preocupações, para que o novo DNA corporativo seja realmente representativo e motivador para todos.