Não estar no LinkedIn pode significar invisibilidade no mercado
Em evento exclusivo, LIDE Paraná convidou Milton Beck, CEO LATAM do LinkedIn, para um bate-papo sobre o mercado mercado de trabalho e as transformações trazidas pela IA.
Em evento exclusivo, LIDE Paraná convidou Milton Beck, CEO LATAM do LinkedIn, para um bate-papo sobre o mercado mercado de trabalho e as transformações trazidas pela IA. (Foto: Divulgação)
O LinkedIn, que começou como uma plataforma para busca de emprego, transformou-se em uma das maiores ferramentas empresariais, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, revolucionando o mercado de recursos humanos, principalmente no Brasil que é o terceiro maior mercado global da companhia com mais de 75 milhões de usuários. Por isso, não estar presente em uma plataforma tão robusta é sinônimo de não estar visível para o mercado, seja em perfil profissional ou empresarial.
Milton Beck, CEO LATAM do LinkedIn, compartilhou com os participantes do evento promovido pelo LIDE Paraná sua trajetória dentro da empresa. Ele, que foi o segundo contratado pela companhia no país, hoje lidera a operação que conta com mais de 18 mil funcionários globalmente, sendo 8 mil engenheiros de software que trabalham para incorporar cada vez mais tecnologia à plataforma.
Beck entrou para a empresa em 2012, após trabalhar na Microsoft e ser responsável pelo lançamento do console Xbox no Brasil. No início, seu principal papel era conversar com os departamentos de RH das empresas para entender suas demandas. “Eles tinham basicamente duas demandas: pediam para bloquear o acesso de seus funcionários à rede e que, caso algum funcionário atualizasse o perfil, fossem avisados, pois isso indicava desejo de buscar novos rumos”, conta o CEO.
Milton Beck, do Linkedin. (Foto: Divulgação)
Segundo ele, a mentalidade dos responsáveis pelo RH era manter os funcionários “debaixo das asas” da empresa. Também consideravam antiético que outra companhia buscasse talentos já empregados. “A mentalidade deles mudou e evoluiu muito. Hoje, as conversas que tenho com eles são exatamente iguais às que tenho dentro de grandes companhias na Europa e América do Norte”, acrescenta.
O LinkedIn teve grande participação nessa revolução. A rede não é apenas um meio de procurar emprego, mas também um espaço onde pessoas e empresas mostram suas habilidades e competências, além de funcionar como uma rede de networking global, possibilitando interações com profissionais e empresas de todo o mundo. Se tornou uma vitrine de talentos e competências, além de ser um grande ativo para que as companhias se tornem sedutoras para os profissionais.
Atualmente, a rede conta com uma infinidade de recursos desenvolvidos especificamente para ajudar os usuários. Empresas ou assinantes da conta premium, por exemplo, podem acessar mais de 20.000 cursos inéditos, criados pelo LinkedIn, em diferentes formatos e durações. Toda semana, 100 novos cursos são lançados, somente na temática da Inteligência Artificial são 600 cursos disponíveis.
“O mercado está mudando exponencialmente e o diploma continua tendo a sua validade e peso. Mas, um profissional com habilidades acaba se destacando mais porque as empresas procuram por funcionários que possam resolver seus problemas e não apenas que tenham uma formação”, conclui Beck.
O nível de habilidades exigidas é muito maior hoje do que há 10 anos e será ainda maior daqui a seis anos. Conforme Beck relata, o conhecimento anterior não será suficiente para novos cargos. Em contrapartida, as empresas, ao buscarem por habilidades, conseguem contratar mais talentos de forma mais dinâmica. Além disso, destaca que os empregos em alta hoje não existiam há 20 anos e os que existem hoje não serão os mesmos daqui a 10 anos.
Outra tendência debatida durante o encontro, que reuniu cerca de 70 lideranças na Casa LIDE, foi a tecnologia da inteligência artificial. “Ela não veio para roubar o trabalho de pessoas. Ninguém vai perder o emprego para a inteligência artificial, mas sim, para aqueles que sabem usar e trabalhar com ela”, finaliza Beck.
Segundo dados da plataforma, 71% dos usuários acreditam que a IA pode ajudá-los a melhorar o desempenho de suas atividades, 84% acham que usando a IA poderiam desenvolver outras habilidades, podendo automatizar pelo menos um quarto de suas tarefas.
Para a presidente do LIDE Paraná, Heloisa Garrett, Milton revolucionou o mercado de trabalho na América Latina. "Em menos de 12 anos ele foi responsável por liderar uma transformação na forma de contratar e de como os executivos se apresentam ao mercado. No LIDE recebemos muitos líderes que querem saber como serem mais ouvidos, como interagem com o mercado para serem mais competitivos. Proporcionar essa troca em uma agenda tão qualificada aos nossos membros mostra mais uma vez a forte presença do LIDE como voz ativa como ecossistema de negócios", completou Garrett.
O executivo teve o cuidado de trazer um recorte do uso da plataforma no Paraná e alguns dados mostram importantes movimentos de mercado. Dos 2,9 milhões de usuários do Linkedin no estado, 48% estão em Curitiba.