Pelo segundo ano consecutivo, remuneração mensal fixa média de presidentes e diretores executivos no Brasil fica estável

Levantamento contempla participação de 2 mil executivos da alta liderança na América Latina.

close-up-company-employee-smilingPesquisa revela que remuneração mensal fixa média desse grupo no Brasil apresentou estabilidade salarial em todos os cargos, independente do porte da empresa. (Foto: Freepik)

As incertezas políticas e econômicas causaram impacto nos rendimentos da alta liderança. É o que revela a Pesquisa de Remuneração para presidentes e diretores executivos da Page Executive, unidade de negócios do PageGroup especializada no recrutamento de executivos da alta liderança. De acordo com o levantamento, a remuneração mensal fixa média desse grupo no Brasil apresentou estabilidade salarial em todos os cargos, independente do porte da empresa.

“Mesmo com a remuneração fixa estável, é evidente que as empresas estão sendo criteriosas ao decidir quem manter no centro de suas estratégias. Há uma movimentação intencional para reter líderes que, além de entregarem resultados, consigam engajar times e direcionar transformações em contextos complexos. Em um cenário de baixo crescimento e alta concorrência por perfis diferenciados, essas escolhas dizem muito sobre o tipo de futuro que cada organização pretende construir”, comenta Humberto Wahrhaftig, diretor-executivo na Page Executive

O estudo foi realizado de outubro de 2024 a fevereiro de 2025 e contou com a participação de 2 mil executivos da alta liderança que atuam em empresas de diversos setores de pequeno, médio e grande porte na América Latina. A remuneração desses profissionais é classificada por faixas, de acordo com o porte de faturamento da empresa onde atuam: até R$ 250 milhões, de R$ 250 milhões a R$ 500 milhões, de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão e acima de R$ 1 bilhão.

Para Paulo Dias, diretor-executivo da Page Executive, a estabilidade da remuneração fixa pelo segundo ano consecutivo reflete os impactos diretos de um cenário político e econômico ainda incerto. “O ambiente atual impõe cautela nas revisões salariais. O que observamos foi a manutenção dos patamares para a maioria dos executivos, com ganhos acontecendo de forma pontual — mais ligados a contextos específicos de cada empresa do que a uma tendência generalizada de mercado”, explica.

“As faixas salariais devem ser interpretadas não apenas pelos valores que apresentam, mas pelo que comunicam sobre o posicionamento da empresa. Ajustes em determinados níveis de remuneração indicam onde a companhia está investindo e quais funções estão ganhando protagonismo dentro do negócio”, afirma Humberto.

CEO

“Apesar de estarmos falando do principal cargo da organização, os ajustes salariais para CEOs foram pontuais. Em muitos casos, a manutenção da remuneração vem acompanhada de uma cobrança ainda maior por entrega de resultados, liderança em transformação digital e preparação de sucessores”, diz Wahrhaftig.

Até R$ 250 milhões:

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De R$ 250 milhões a R$ 500 milhões:

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De R$ 500 milhões a R$ 1bilhão:

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Acima de R$ 1bilhão: 

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CFO

Até R$ 250 milhões: 

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De R$ 250 milhões a R$ 500 milhões: 

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De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão: 

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Acima de R$ 1 bilhão:

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“Os CFOs vêm desempenhando um papel cada vez mais central na expansão dos negócios. Em ciclos de IPO, M&As ou reestruturações, é natural que esse cargo concentre parte dos aumentos salariais mesmo em períodos de cautela econômica”, diz Paulo Dias.