Energia solar em telhados e pequenos terrenos ultrapassa 20 gigawatts e deve ser ampliada para baixa renda e regiões da Amazônia
Segundo a entidade, desde 2012 o segmento trouxe mais de R$ 96,7 bilhões em investimentos e gerou mais de 600 mil empregos acumulados no País.
São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso são líderes de potência. (Foto: Divulgação)
A energia solar acaba de ultrapassar a marca de 20 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Conforme reunião esta semana entre lideranças da entidade e o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o uso da tecnologia fotovoltaica deve ser ampliado para o suprimento elétrico de áreas isoladas na região amazônica e para a população de baixa renda no País.
De acordo com a ABSOLAR, o País possui atualmente mais de 1,8 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para cerca de 2,4 milhões de unidades consumidoras. Desde 2012, foram cerca de R$ 96,7 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 600 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 28,9 bilhões.
Pelo mapeamento, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em 5.526 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, a geração própria de energia solar terá importante protagonismo na transição energética proposta pelo Governo Federal, sobretudo para tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa, renovável e acessível a todas as camadas da população.
“A ABSOLAR vê com entusiasmo o empenho e a preocupação do ministro Alexandre Silveira em garantir mais acesso à energia solar para a população de baixa renda e em substituir o uso de geração de eletricidade com combustíveis fósseis, mais caros e poluentes, na região Amazônica por sistemas solares com bateria, muito mais sustentáveis e competitivos. Assim, abre-se uma grande perspectiva para acelerar o desenvolvimento sustentável brasileiro”, comenta.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e protagonismo internacional do Brasil, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques, entre outros, ajudando a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica para que tenham mais recursos para investir em saúde, educação, segurança pública e outras prioridades da sociedade brasileira”, concluiu Sauaia.