Energia solar em telhados e pequenos terrenos gera mais de 540 mil empregos no Brasil
Segundo a ABSOLAR, segmento trouxe cerca de R$ 92,1 bilhões em investimentos e atende atualmente mais de 2,2 milhões de unidades consumidoras, espalhadas em mais de 5,5 mil municípios brasileiros.
País possui atualmente mais de 1,7 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. (Foto: Pixabay)
A energia solar acaba de ultrapassar a marca de 18 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
De acordo com a entidade, o País possui atualmente mais de 1,7 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para cerca de 2,2 milhões de unidades consumidoras. Desde 2012, foram cerca de R$ 92,1 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 540 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 27,4 bilhões.
Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, para o Brasil se tornar a potência sustentável que se almeja, é preciso inverter a lógica das políticas energéticas historicamente implementadas no território nacional. “É preciso diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis, que somaram, apenas em 2021, mais de R$ R$ 118 bilhões (Inesc), e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis, bem como em novas tecnologias como o hidrogênio verde e o armazenamento energético, por exemplo. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes”, aponta.
De acordo com a ABSOLAR, a tecnologia solar fotovoltaica em telhados e pequenos terrenos já está presente em 5.523 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Na visão da entidade, com a regulamentação da Lei nº 14.300/2022, a geração própria de energia renovável conquistou segurança jurídica e estabilidade regulatória, fundamentais para manter o avanço do setor e a democratização da energia solar no Brasil. “Portanto, fica a mensagem para toda a sociedade brasileira: regulamentada a lei, o consumidor tem a clareza de que a geração própria de energia solar é, e continuará sendo, uma excelente solução para economizar na conta de luz e ainda contribuir para a sustentabilidade do Brasil”, ressalta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.
“O avanço da geração própria de energia solar também ajuda a baratear a conta de luz de todos os consumidores, os que têm e que não têm sistemas solares. Segundo estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics, na próxima década, a geração própria de energia solar deve reduzir a conta de luz no País em cerca de 5,6%”, acrescenta Sauaia.