Riscos aos acionistas e regulatórios são prioridades das companhias abertas brasileiras

Estudo reflete a preocupação dos investidores que demandam mais clareza nas informações divulgadas pelas empresas abertas.

Sidney Ito, CEO do ACI Institute da KPMG no Brasil. (1)Sidney Ito, CEO do ACI Institute e sócio da KPMG no Brasil. (Foto: Divulgação)

Os riscos aos acionistas (98%) e os riscos regulatórios (97%) foram considerados prioridades no gerenciamento das 278 empresas analisadas no estudo elaborado pelo ACI Institute e pelo Board Leadership Center da KPMG no Brasil. Foram coletados e classificados 7.275 fatores e reportados pelas companhias abertas nos formulários de referência, 383 a menos do que no levantamento anterior. Riscos financeiros e de caixa (97%), condições políticas, econômicas e de mercado (95%) e o risco de inadimplência (85%) também apareceram na lista.

“Nesta 10ª edição, destaca-se também a importância de se endereçar os fatores de risco de maneira integrada, com foco em uma gestão de riscos multidisciplinar que envolva todos os agentes da governança: conselho de administração, seus comitês de assessoramento e a gestão. Tem sido cada vez mais frequente o conselho de administração monitorar o gerenciamento de riscos pela gestão de forma direta, ou com o suporte do comitê de auditoria, de um comitê de riscos, ou distribuindo o monitoramento do gerenciamento dos principais riscos do negócio entre o próprio conselho de administração e todos os seus comitês de assessoramento”, explica o CEO do ACI Institute e sócio da KPMG no Brasil, Sidney Ito.

O estudo reflete a preocupação dos investidores, que demandam cada vez mais clareza nas informações divulgadas pelas empresas abertas. Neste caso, observamos a ascensão de alguns fatores de risco em decorrência de situações ou eventos que os colocaram em destaque. É o caso dos riscos de capital humano (de 83% para 86%) e segurança cibernética (de 79% para 82%). Já a governança efetiva apresentou queda (de 72% para 67%). Por outro lado, observamos que os cinco fatores de risco mais citados continuam os mesmos em 2025; apenas as posições se alternaram. São eles: riscos regulatórios, riscos operacionais, condições políticas, econômicas e de mercado, riscos financeiros e de caixa, e riscos aos acionistas.

“Nesses 10 anos do nosso estudo, pudemos observar a ascensão de diversos fatores de risco. Desde o crescimento do risco cibernético, passando pela transformação tecnológica, até o risco de capital humano, que impulsionou uma transição do conceito de recursos humanos para o de capital humano. Além disso, as questões ambientais têm ganhado cada vez mais evidência, assim como os riscos já conhecidos, mas que agora exigem uma atualização na forma como são endereçados”, ressalta a líder do Board Leadership Center e sócia-diretora de mercados da KPMG no Brasil, Fernanda Allegretti.

O link da 10ª edição do estudo “Gerenciamento de riscos 2025: os principais fatores de risco divulgados pelas empresas abertas brasileiras” é o seguinte: Gerenciamento de riscos 2025 - 10ª edição - KPMG Brasil