Uso de cartões deve crescer entre 8,5% e 10,5% em 2024, projeta Abecs
Valor movimentado pelos meios eletrônicos de pagamento deve superar a marca de R$ 4 trilhões no ano.
Valor movimentado pelos meios eletrônicos de pagamento deve superar a marca de R$ 4 trilhões no ano. (Foto: Unsplash)
De acordo com projeções da Abecs, associação que representa a indústria de meios eletrônicos de pagamento, as compras com cartões de crédito, débito e pré-pago devem superar R$4 trilhões em 2024, o que representa um crescimento entre 8,5% e 10,5% em comparação com 2023.
As projeções comprovam o contínuo avanço do setor e relevância cada vez maior dos cartões na vida dos brasileiros, principalmente no que diz respeito a eficiência das relações de consumo e esforços da indústria com foco em inovação, digitalização da economia e maior segurança.
Representatividade do setor em 2023
No ano de 2023, o volume total transacionado por cartões representou 34,3% do total do PIB e foram alguns fatores que contribuíram positivamente para o aumento da representatividade do setor. De acordo com dados do BC, na pandemia, cerca de 16,6 milhões de brasileiros foram bancarizados (Dez/21 contra Fev/20). Além disso, houve o aumento da entrada de novas instituições no mercado nos últimos anos, principalmente no segmento de cartões pós-pagos. Outro fator importante foram os avanços tecnológicos como o pagamento por aproximação (via tecnologia NFC) e o aumento do e-commerce - as duas modalidades levaram mais pessoas a utilizarem cartões como meio de pagamento.
Aumento do cartão no consumo das famílias
No 4o trimestre de 2023, o volume total transacionado por cartões representou 56,8% do total do consumo das famílias܂Comparando os dados de 2023 com os de 2019 (ano anterior à pandemia), há um notável aumento de 15,2 pontos percentuais na participação do volume transacionado com cartões. Esse fato demonstra a crescente presença deste meio de pagamento no consumo das famílias brasileiras.
Inadimplência segue em queda
A inadimplência de cartões tem a oitava queda consecutiva e fica em 7,3% em janeiro de 2024. Desde junho de 2023, este declínio já acumula uma redução total de 1,5 ponto percentual, reflexo do empenho da indústria de meios de pagamento no controle do superendividamento. A inadimplência total da carteira PF em janeiro foi de 5,5%. Em comparação com o ano anterior está 0,6 p.p abaixo.