Criação de novos Fundos cai aproximadamente 10% no Brasil, indica levantamento
Em 2023, A renda fixa voltou a aumentar seu share, que vinha caindo desde 2017, enquanto os multimercados vinham aumentando sua participação .
Filipe Ferreira, diretor da Nelogica para Comdinheiro. (Foto: Reprodução/Linkedin)
O Mapa dos Fundos no Brasil, estudo elaborado pela plataforma de informações financeiras Nelogica/Comdinheiro, mostra que foram criados menos Fundos de Investimentos em 2023 na comparação com 2022, após dois anos de captações negativas, considerando resgates e aportes. Com o cenário menos favorável, no ano passado, foram criados 3.244 novos Fundos – uma queda de 9,26% na comparação com o ano anterior.
“Essa contração faz parte da dinâmica da indústria de Fundos. Vindo de anos difíceis e taxa de juros elevada, o investido acaba fiando mais acomodado nos produtos tradicionais (CDBs e tesouro direto, por exemplo), e deixa de buscar por alternativas mais sofisticadas como os fundos multimercados”, explica Filipe Ferreira, diretor da Nelogica para Comdinheiro.
Nesse cenário, os Fundos de Renda Fixa voltaram a elevaram o seu share no mercado, para 61,7%, que vinha em queda desde o seu auge em 2017 (74,57%), enquanto os multimercados, que vinham aumentando a participação desde 2019, voltaram a reduzir, representando 30,15% da indústria.
Destaques Estaduais
De acordo com o estudo da Nelogica/Comdinheiro, São Paulo e Rio de Janeiro concentram 96,06% do total de Fundos do Brasil, somando aproximadamente 25 mil Fundos. Sergipe, Bahia e Goiás têm o menor percentual de Fundos do País, sendo registrados apenas três deles em Sergipe. Vale destacar que 14 Estados não possuem nenhum Fundo local.
O Rio Grande do Sul foi o grande destaque em captação líquida, tendo aumentado de R$7,9 bilhões para R$13,7 bilhões do primeiro para o segundo semestre de 2023. O Rio de Janeiro, no entanto, foi o Estado com maior valor resgatado, de R$12,6 bilhões, seguidos por São Paulo com R$ 1,2 bilhão resgatados. Considerando o indicador de Patrimônio, São Paulo e Rio de Janeiro detém quase 95% do total investido, seguido com uma grande distância do terceiro colocado, Rio Grande do Sul, que possui 2%.
Considerando o número de cotistas, Minas Gerais aparece na terceira posição com 9% de investidores, bem atrás dos líderes São Paulo e Rio de Janeiro (84%).