B3 vai acelerar carreira de funcionárias negras no mercado financeiro
Nova edição do programa de mentoria destinado a aumentar a liderança feminina na Bolsa terá até 50% das vagas destinadas a mulheres negras.
A iniciativa faz parte da segunda edição do programa de mentoria para mulheres da bolsa do Brasil (Foto: Divulgação)
Em busca de ampliar a diversidade nos quadros de liderança, a B3 pretende acelerar a carreira de mulheres negras dentro da companhia. A iniciativa faz parte da segunda edição do programa de mentoria para mulheres da bolsa do Brasil, anunciada nesta segunda-feira (25), durante evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Serão 50 vagas disponíveis, das quais 25 destinadas a mulheres negras.
O evento foi realizado por dois núcleos de diversidade da B3, o Bl4ck e o El4s, e contou com a presença de Solange Feliciano, Head de Diversidade e Inclusão na Alicerce Educação, e Nadja Brandão, líder do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil, além de funcionárias da B3. Nas rodas de conversa foram abordadas a situação da mulher negra no Brasil e no mercado financeiro.
São elegíveis para participação no programa de mentoria mulheres em cargos de analista sênior e coordenadoras, que poderão se inscrever até o início de agosto. Além de mentoria, as selecionadas participarão de trilhas de conhecimento em desenvolvimento de liderança em sessões ao longo de 1 ano, com início no dia 9 de setembro.
Tanto mentoradas quanto mentores serão treinados de acordo com as necessidades apresentadas ao longo do programa, tendo em vista as habilidades identificadas como focais para seu desenvolvimento de carreira. Nesta edição do programa, a seleção dos mentores - que também exercem papel de sponsors das mentoradas dentro da companhia - será composta por 70% de mulheres e 30% de homens que ocupam cargos de liderança na B3.
“Queremos crescer e expandir a representatividade na B3. O programa de mentoria é mais uma iniciativa para impulsionar as mulheres negras para alçarem voos cada vez mais altos e levarem a diversidade para a nossa liderança”, disse Ana Buchaim, diretora executiva de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social Privado da B3.
“A potência das organizações está na diversidade. É muito importante criar espaços não apenas para incluir mulheres negras no mercado financeiro, mas proporcionar um ambiente no qual possam desenvolver a sua carreira para conciliar com a maternidade e vida pessoal. Para criar representatividade e atingir diversidade de maneira orgânica é necessário respeitar cada história e individualidade”, pontuou Carolina de Araújo Bandeira, advogada e líder do núcleo Bl4ck da B3, que mediou uma das rodas de conversa.
A iniciativa faz parte da agenda de diversidade e inclusão da bolsa do Brasil e soma-se a outros programas desenvolvidos pela companhia. Desde 2020, a B3 possui uma meta corporativa, definida juntamente com o Conselho de Administração da B3, atrelada a essa frente, que impacta 100% da organização e o pagamento da PLR. Em 2022, todos os gestores a partir do nível de superintendência também têm entre suas metas a ampliação da diversidade em suas equipes.
Em 2021, a B3 foi a primeira bolsa do mundo a emitir um Sustainability Linked Bond (SLB), no valor de US$ 700 milhões, vinculado ao cumprimento de metas de diversidade, incluindo a de atingir 35% de mulheres em cargos de liderança até 2026.
Além da mentoria voltada para cargos de liderança, a B3 promoveu um programa de estágio para jovens negros, dos quais 60% já foram efetivados. A iniciativa conseguiu triplicar a representatividade de pessoas negras em posições de estágio, além de oferecer mentoria para acelerar a carreira desses jovens. Também foi desenvolvido um programa de capacitação em mercado financeiro para pessoas negras, com trilha de desenvolvimento voltada para colocação no mercado de trabalho.