Tributos e cenário político são os principais fatores que impedem crescimento de empresas, indica pesquisa LIDE-FGV
A 149ª edição do levantamento mostra também que, apesar dos desafios impostos pela pandemia, os negócios estão melhores para a maior parte dos empresários, que também disseram que vão manter os empregos.
Levantamento com grandes empresários ocorreu durante Almoço-Debate LIDE. (Foto: Reprodução)
A carga tributária e o cenário político permanecem como os principais fatores que impedem o crescimento das empresas no Brasil, segundo a 149ª edição da pesquisa LIDE-FGV divulgada nesta terça-feira (13).
O levantamento, realizado em média com 400 grandes empresários, ocorreu durante Almoço-Debate LIDE, na segunda-feira (12). O evento remoto pautou a importância das relações internacionais na gestão pública.
Segundo os respondentes, os tributos e a atual conjuntura política (74%) representam as maiores barreiras de crescimento. Em seguida, estão o nível de procura pelo serviço (22%) e a taxa de juros (4%).
Os negócios estão melhores para a maior parte (45%) dos empresários, enquanto que para 30% a situação está igual, e pior para 25%. A maioria (90%) dos líderes também afirmou manter empregos diretos e indiretos.
Diante desse cenário, para mais da metade dos respondentes (52%) a previsão de receita para 2021 é melhor do que o balanço do período anterior. Ao menos 26% projetam índices semelhantes a 2020 e, 22%, situação pior.
Os empresários disseram ainda que o cenário internacional/saúde (54%) e o câmbio (39%) são os temas atuais mais preocupantes. Educação (54%), política (22%) e segurança (13%) são as principais áreas que o Brasil precisa melhorar.
Em média, os líderes empresariais acreditam que o PIB deverá crescer 2,2% este ano. E em até nove meses é o tempo esperado para a normalização total dos negócios impactados pela pandemia de Covid-19.
Na eficiência gerencial dos governos, houve queda na avaliação Federal (2,4), e aumento na Estadual (6,4) e Municipal (5,6). Os dados são comparados ao último levantamento da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial (Edição 148ª), apurada em dezembro de 2020.
Índice
Esta edição do Índice LIDE - FGV de Clima Empresarial atingiu 5%, ante 6,1 da média anual de 2020. O Índice é uma nota de 0 a 10 resultante de 3 componentes com o mesmo peso: Governo, Negócios e Empregos
Segundo o acadêmico da FGV, Fernando Meirelles, presidente do LIDE Conteúdo e responsável pela pesquisa, o clima empresarial vai ao encontro com a perspectiva de retomada econômica global.