Política é o setor em que o Brasil mais precisa melhorar, segundo pesquisa LIDE-FGV
Pela primeira vez, desde 2017, a política foi apontada pelos empresários como prioridade de melhora para o desenvolvimento do país. Confira detalhes da 150ª edição da pesquisa LÍDE-FGV de Clima Empresarial.
Pesquisa ocorreu no Almoço-Debate sobre a agenda da capital paulista. (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
As princiais lideranças empresariais do país indicaram a política como setor prioritário de melhora para auxiliar o desenvolvimento do país. O indicador está na 150ª edição da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial, divulgada nesta terça-feira (27). Confira o documento na íntegra abaixo.
O levantamento LIDE - FGV é realizado, em média, com 400 grandes empresários. O índice desta dição, cuja pesquisa ocorreu no Almoço-Debate LIDE sobre a agenda da capital paulista, atingiu 5,3, ante 5,0 da anterior. Trata-se de uma nota de 0 a 10 resultante de três componentes com o mesmo peso: Governo, Negócios e Empregos.
Para 42% dos empresários, a política é a área que o Brasil mais precisa melhorar hoje - desde a média anual de 2017 este segmento não era considerado prioriário. Em seguida, estão a Educação (34%), a Saúde (14%) e a Infraestrutura (7). O meio ambiente e segurança ocupam as últimas posições.
O tema mais preocupante para os respondentes continua sendo o cenário internacional/saúde (54%). Cenário político (38%) vem na sequência, seguido igualmente do câmbio e da inflação.
A carga tributária permanece como o fator que impede o crescimento das empresas no país para a maioria (42%). Cenário político (38%) e nível de procura (20%) aparecem em seguida nas respostas. A taxa de juros, neste momento, não é um problema para o setor produtivo.
Para 42% dos participantes da pequisa, os negócios estão melhores, enquanto que para 38% seguem iguais e para 20% estão piores. No mesmo contexto, a situação dos empregos permaneceu estável para a maioria (47%), ficou melhor para 45% e pior para 8%.
Apesar dos desafios, a previsão de receita para 2021 é melhor para 56% dos empresários, equanto que para 31% fica igual e pior para 13%. A expectativa média é de que os negócios se normalizem em até 9 meses, conforme a maioria dos respondentes.
Para 2021, as lideranças empresariais acreditam que o PIB do Brasil deve crescer, em média, 2%.
Na eficiência gerencial do governo, cresceu a avaliação Federal (33%), e houve queda na Estadual (-10%) e Municipal (-8%). Os dados são comparados ao último levantamento da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial (Edição 149ª), apurada na primeira semana de abril.