Cenário político representa a maior preocupação dos empresários, aponta pesquisa LIDE-FGV
A pesquisa foi apurada durante o Almoço-Debate LIDE com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. O estudo é realizado, em média, com 400 grandes empresários.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), durante sua participação no recente Almoço-Debate LIDE promovido pelo conglomerado de empresários, ontem (15). (Foto: Fredy Uehara/LIDE)
Para 61% dos empresários, o cenário político é o tema que mais preocupa, segundo levantamento da 157ª edição da pesquisa LIDE-FGV de Clima Empresarial. Os dados são do estudo, que é realizado, em média, com 400 grandes empresários. Em seguida, aparece a inflação (25%), cenário/internacional saúde (14%).
A pesquisa foi apurada durante o Almoço-Debate LIDE com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, realizado na segunda-feira (15). O índice desta edição atingiu 7,1 pontos, ante 6,6 da última pesquisa realizada em maio. Trata-se de uma nota de 0 a 10 resultante de três componentes com o mesmo peso: Governo, Negócios e Empregos.
Detalhando mais o levantamento no nível de empregos atuais e diretos, a expectativa é que 57% dos empresários ofereçam mais oportunidades de emprego, enquanto 39% esperam manter o quadro atual de funcionários, já 4% indicam demitir.
Para 45% dos empresários, a educação se mantém como a área que o Brasil precisa melhorar atualmente. Em seguida, aparecem a Política (23%), a Infraestrutura (11%) e a Segurança (13%). Enquanto os setores de Saúde, ESG-ambiente, ocupam as últimas posições no ranking.
A carga tributária foi apontada como o fator impeditivo para o crescimento das empresas no Brasil (41%). Em seguida, aparecem o cenário político inflação (42%), taxa de juros (18%) e, por último, o nível de procura (9%). O cenário econômico incerto para este e para o próximo ano, podem ajudar a justificar os percentuais.
Ainda neste primeiro trimestre, os empresários projetam receita maior para 2022 (70%), enquanto que 27% não vislumbra crescimento e apenas 4% esperam déficit nas contas em razão dos desafios ocasionados por fatores recorrentes.
Os participantes desta edição acreditam que o PIB vai crescer, em média, 2,0%, enquanto que os negócios devem ser totalmente normalizados - pelos impactos ocasionados em refletxo pelas crises econômica.
Na avaliação governamental, os empresários avaliaram a eficiência da gestão federal em 5,2, do estado e 6,8, e da capital paulista em 6,0. Os índices que correspondem a notas que vão de 0 a 10.