Carga tributária é o fator que mais impede crescimento de empresas, segundo pesquisa LIDE-FGV
Maioria dos grandes líderes do Brasil também acredita que será necessário até um ano para que os negócios, afetados pela pandemia, sejam normalizados.
Empresários indicam que carga tributária é fator que impede crescimento. (Foto: Fred Uehara/LIDE) |
A carga tributária é o principal fator que impede o crescimento das empresas no Brasil, segundo a maioria (42%) dos grandes líderes que participaram da 146ª Edição do Índice LIDE - FGV de Clima Empresarial. O levantamento, divulgado nesta terça-feira (15), indica ainda que os empresários estimam o prazo de um ano para a retomada dos negócios.
Índice LIDE - FGV é realizado, em média, com 400 grandes líderes brasileiros. Trata-se de uma nota de 0 a 10 resultante de três componentes com o mesmo peso: Governo, Negócios e Empregos. A desta edição, realizada no Almoço-Debate LIDE com o diplomata Rubens Ricupero, na segunda-feira (14), atingiu 5,3 pontos - crescimento de 0,9% ante julho.
O detalhamento da pesquisa mostra que a situação atual dos negócios está igual para maioria (36%) dos respondentes, melhor para 33% e pior para 31%. A situação dos empregos também permanece a mesma para a maior parte (64%), progrediu para 22% e regrediu para outros 13% dos empresários.
Líderes empresariais participaram da pesquisa LIDE-FGV. (Foto: Fred Uehara/LIDE) |
Mesmo com os impactos da pandemia, a previsão de receita para a maioria (36%) dos grandes líderes permanece melhor para este ano, quando comparado com igual período. Entretanto, a maior parte (40%) entende que será necessário um ano para que os negócios sejam normalizados - a média das respostas é de 8 meses.
Os empresários projetam queda média de 5,2% no PIB previsto para este ano, apesar de maioria (50%) acreditar que o diminuição seja de pelo menos 6%. Por outro lado, a projeção para 2021 é otimista, com crescimento médio do PIB em 3,6% para os respondentes, mantendo a perspectiva de alta de 3% para a maior parte (64%).
Na avaliação de eficiência gerencial do governo, houve queda (0,5%) apenas para o municipal. Educação continua como a área que o Brasil mais precisa melhor para 49% dos grandes líderes, seguido de Infraestrutura (27%). Os temas mais preocupantes no cenário atual também permanecem a saúde/contexto internacional (47%) e a política (36%).