Criador de Adolescência rebate insinuações de Musk sobre série ser propaganda anti-brancos
O co-criador da série Adolescência, Jack Thorne, se manifestou contra as acusações de distorção racial feitas por Elon Musk, após o bilionário amplificar postagens que sugerem que a série promoveu uma agenda "anti-brancos".
Com a abordagem sensível de temas sociais, a série da Netflix rapidamente gerou discussões acaloradas, incluindo algumas tentativas de politização da trama.
As acusações surgiram depois de postagens online que alegavam que Thorne teria alterado a etnia do protagonista, um garoto branco de 13 anos chamado Jamie Miller (interpretado por Owen Cooper), para que a trama não se encaixasse em um estereótipo negativo sobre crimes cometidos por meninos negros no Reino Unido.
Em entrevista no podcast The News Agents, Thorne desmentiu as alegações, esclarecendo que o objetivo de Adolescência não era fazer um recorte racial, mas sim explorar questões mais profundas sobre a masculinidade juvenil. "Não estamos trazendo um ponto sobre raça. Estamos tentando abordar um problema sobre masculinidade. Não estamos dizendo que isso é uma coisa ou outra. Estamos dizendo que isso é sobre meninos", afirmou Thorne.
O episódio ganhou ainda mais atenção quando Elon Musk, através de sua plataforma X (antigo Twitter), endossou publicações que acusavam a série de ter "trocado a raça do verdadeiro assassino de um homem negro/migrante para um garoto branco".
Em declarações anteriores, Thorne revelou que o foco de sua narrativa era entender o aumento da violência entre jovens homens e mulheres, questionando as razões por trás dessa agressividade.
"Por que a violência de meninos jovens contra meninas jovens está aumentando? Por que isso está acontecendo? Esperamos ter lançado luz sobre um problema que tem sido discutido, mas não suficientemente investigado. Queríamos capturar a realidade disso através de Jamie."